Segurança em Microserviços: Autenticação e Autorização

A segurança em microserviços exige atenção total desde as primeiras etapas da arquitetura. Assim, em aplicações distribuídas, você precisa garantir que cada requisição passe por autenticação e que cada ação respeite as permissões do usuário. Ou seja, ignorar esse cuidado pode comprometer toda a integridade da sua solução.

Você não pode mais contar com controles centralizados como em sistemas monolíticos. Com isso, ao dividir sua aplicação em diversos serviços independentes, você também distribui os pontos de acesso. Portanto, você deve implementar autenticação e autorização de forma clara, consistente e segura em todos os serviços.

Como autenticar em microserviços

Para lidar com autenticação, você deve centralizar o login em um Identity Provider (IdP), como OAuth2, OpenID Connect, Keycloak ou Auth0. Após o login, o IdP emite um token — geralmente um JWT — que carrega as informações do usuário. Os serviços usam esse token para validar a identidade do usuário a cada requisição.

Esse modelo permite que você:

  • Autentique o usuário uma única vez com SSO.
  • Compartilhe o token entre serviços de forma segura.
  • Escale sua aplicação horizontalmente sem perder o controle de sessão.
  • Reduza o acoplamento entre os componentes da arquitetura.

Com o JWT, você permite que cada microserviço valide o token localmente, sem depender de chamadas externas. Isso reduz latência e aumenta a resiliência do sistema.

Como aplicar autorização corretamente

Após validar o token, você precisa garantir que o usuário tenha permissão para realizar determinada ação. Para isso, você pode usar dois modelos principais:

  • RBAC (Controle baseado em funções): Você define papéis como admin, editor ou leitor, e associa permissões a eles.
  • ABAC (Controle baseado em atributos): Você avalia atributos como horário, localização e contexto da requisição para decidir o acesso.

Além disso, você deve proteger a comunicação entre os microserviços com mTLS (mutual TLS). Assim, você garante que apenas serviços autorizados consigam se comunicar.

Boas práticas de segurança em microserviços

  • Implemente tokens com validade curta e suporte a refresh tokens.
  • Use uma API Gateway para centralizar autenticação, autorização, logs e rate limiting.
  • Restrinja os acessos ao essencial, aplicando o princípio do menor privilégio.
  • Monitore acessos e eventos com ferramentas de observabilidade.
  • Proteja segredos com cofres seguros, como HashiCorp Vault ou AWS Secrets Manager.

Conclusão

Você precisa tratar a segurança em microserviços como prioridade. Assim, ao aplicar autenticação e autorização de forma eficaz, você garante que sua arquitetura continue protegida mesmo em cenários altamente distribuídos.

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